Forum Nacional de Sistemas de Informação Cultural (final)

Entre as últimas atividades do Forum, na tarde de quinta-feira, destaque para os relatos de experiências que reuniram cinco mulheres , de diferentes regiões do país, no Painel: Mapeamento de Informações Culturais.

Ana Clécia Mesquita de Lima apresentou a Cartografia Cultural do ABC, que se propõe a identificar e compor uma rede de fazedores de cultura que se conheça, reconheça e troque experiências, através de mapa colaborativo e digital da produção cultural da região. É um projeto da PROEX (Pró-reitoria de Extensão Universitária) da UFABC e está em processo de desenvolvimento. Com essa base de dados organizada, será possível realizar cruzamentos e elaborar indicadores sobre o fazer cultural do ABC. Também será possível identificar demandas, carências e discrêpancias na aplicação de recursos públicos nas políticas culturais da região. O projeto pretende assim ser um ferramental, tanto para a sociedade civil quanto para o poder público, na elaboração de políticas públicas para a área, dialogando com os objetivos propostos por esse Fórum
Maria Aparecida Arias Fernandez e Gilvanedja Silva apresentaram duas experiências metodológicas para mapeamento de informações culturais. A primeira realizada no âmbito do estado de Pernambuco, pelo Fórum em Defesa das Bibliotecas, Livro, Leitura e Literatura com a metodologia desenvolvida e a realização da atividade de escuta e mapeamento de bibliotecas públicas, escolares e comunitárias, realizada a partir de um encontro estadual e de ações de mapeamento interiorizadas em diferentes regiões pernambucanas. A segunda é a experiência de mapeamento utilizada pelo projeto Mais Bibliotecas Públicas, que levantou dados referentes a 6.102 bibliotecas públicas brasileiras atualizado e disponibilizado no site do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas.
Vanessa  Malheiros apresentou a experiência de cartografia cultural que nasceu em 2013, no bairro da Terra Firme, bairro central e ao mesmo tempo periférico da capital paraense. Sua execução se deu a partir da interação da comunidade local com o Projeto de Extensão Universitária “Intervenções Museológicas na Terra Firme”, da UFPA. A palestra propõe informar ao público participante sobre a metodologia da ação cultural, como forma de abordagem ao território, que por sua vez será acompanhado de um olhar cartográfico e metodologias sociais para seu processo de inclusão. Serão mostrados as etapas e estratégias para efetivação do mapeamento do patrimônio cultural e artístico em localidades urbanas periféricas. Uma mistura de tecnologia, informação, comunicação, educação, tendo a participação social como veiculo motor para sustentabilidade  de uma formação cidadã.
Participantes ao final do evento, na Fundação Casa de José Américo.
Amanda Coutinho apresentou a pesquisa Trabalho artístico: Independências e financiamentos. O crescimento das atividades culturais possibilita, no mundo contemporâneo, que estas assumam o papel motor do desenvolvimento da economia, equivalente ao do automóvel no século XX e ao das ferrovias na segunda metade do século XIX . O objetivo desse atividade é propor instrumentos institucionais aptos a analisar o contexto social no qual os artistas se formam e constroem suas trajetórias, compreendidas como atividades sociais, considerando as narrativas de artistas entrevistados, cuja pesquisa possibilita um relativo acúmulo teórico e de dados que privilegia o campo da música e suas noções de independência. Torna-se imprescindível um mapeamento e definição do independente para fins de  prioridade de recursos orçamentários, viabilizando a descentralização e diversificação da produção cultural brasileira.

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