Em nova publicação, a Rede Europeia de Organizações Museais (NEMO) reúne artigos que discutem os efeitos de externalidade, os modelos de negócios inovadores e as estratégias de cooperação para os museus e suas economias.
Como são avaliadas as instituições e atividades culturais? Muitas abordagens, critérios e medidas diferentes - quantitativos e qualitativos - têm evoluído ao longo dos anos. Um deles é o valor econômico. O valor econômico dos museus foi o tema da Conferência Anual da NEMO, a Rede de Organizações de Museus Europeus, de 2016, e é o foco da sua nova publicação Money Matters: The Economic Value of Museums.
Os museus estão integrados no mundo econômico, mas vêm com determinadas e únicas especificidades e camadas. Eles são uma parte da sociedade de lazer, mas não pode ser comparado aos parques temáticos. Têm um impacto no turismo, mas não são simplesmente instrumentos de marketing para uma região ou uma cidade. Eles criam trabalho e riqueza, mas não da mesma forma que as empresas privadas.
Money Matters: The Economic Value of Museums parte desse ponto de vista para fornecer perspectivas ao setor cultural e econômico sobre a mensuração do valor, a rentabilidade, as parcerias e a cooperação, as estratégias financeiras e os modelos de negócios e os vários efeitos de externalidade.
A NEMO, Rede de Organizações Europeias de Museus, acredita e trabalha para demonstrar que os museus têm um valor económico importante - para além do valor das suas coleções (e da sua acessibilidade), além do seu valor social (o impacto dos museus sobre a coesão social) e educativo (como os museus inspiram, envolvem e explicam o mundo). Os exemplos aqui apresentados de diferentes países europeus mostram os desafios e oportunidades compartilhadas e servem como importantes lembretes do papel significativo que os museus desempenham no processo de diversidade cultural e da livre troca de conhecimentos, inspirando assim a criatividade e a inovação. Para além das suas influências em vários níveis, isto é, no setor do turismo ou no planejamento urbano e regional.
Texto traduzido e adaptado do original em inglês na página da Nemo pelo Observatório da Cultura.
"Não se pode conceber a possibilidade de administrar um país sem dados estatísticos, pois que, sem eles, tudo é feito arbitrariamente, sem fundamento, sem critério e com grave prejuízo para o povo, que é a vítima dos atos levianos dos que governam sem doutrina e dos que administram por vagas inspirações, sem dados positivos em relação aos diversos ramos do serviço público" [Júlio de Castilhos, 1889]
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