A convite do Stefano Florissi, estive na FCE-UFRGS assistindo a um seminário em que o Leandro Valiatti apresentou um modelo de indicador de efetividade para projetos sociais. O indicador foi desenvolvido a pedido do Fernando Schuler, secretário de Justiça e Desenvolvimento Social do RS (que esteve presente), com a finalidade de ser aplicado aos projetos sociais financiados pela "Lei da Solidariedade", que concede benefício fiscal a projetos sociais (eventualmente, também culturais). O mecanismo de financiamento, que não conheço a fundo, envolve uma empresa financiadora e uma entidade-âncora, que recebe os recursos e os repassa a entidades de menor porte, que fazem o atendimento da população-alvo.
O indicador leva em consideração 6 fatores: atingimento das metas (5 pontos, o fator principal), percepção (de todas as hierarquias envolvidas no projeto), atração de voluntários, atração de instituições, fortalecimento da entidade e mais uma que não lembro, todas valendo 1 ponto cada. Trata-se de uma excelente e animadora notícia, um início, e não há nada que impeça se adaptar um tal tipo de medição para o meio cultural. Bem interessante.
Eu gostaria de saber quantos desses projetos envolvem ações culturais.
"Não se pode conceber a possibilidade de administrar um país sem dados estatísticos, pois que, sem eles, tudo é feito arbitrariamente, sem fundamento, sem critério e com grave prejuízo para o povo, que é a vítima dos atos levianos dos que governam sem doutrina e dos que administram por vagas inspirações, sem dados positivos em relação aos diversos ramos do serviço público" [Júlio de Castilhos, 1889]
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