Relatório do Arts Council England (ACE) visa oferecer argumentos econômicos para subsidiar decisões governamentais sobre cortes no orçamento.
A cultura e as artes geram 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB), valor quatro vezes maior do que o gasto público no setor, segundo o novo relatório do Centro de Pesquisa em Economia e Negócios (CEBR). O volume de negócios total - abrangendo música, teatro, dança, literatura, artes visuais e artes combinadas - alcançou R$ 12,4 bilhões de libras (R$ 38,5 bi) em 2011. O valor é 3,5% inferior ao que precedeu a chegada da recessão, em 2008. Os rendimentos do trabalho constituem a maior parcela da receita num setor que emprega 110 mil pessoas, com salário médio 5% superior à média do Reino Unido - cerca de £ 26 mil (R$ 80,8 mil) anuais. Além disso, a cultura e as artes constituem o núcleo das chamadas indústrias criativas, cuja contribuição ao PIB do Reino Unido é calculada em torno de 10%. Outra estimativa refere-se ao valor injetado pelos turistas estrangeiros em atividades culturais no país, cerca de £ 850 milhões (R$ 2,6 bilhões).
O documento "A contribuição das artes e da cultura para a economia nacional" (em inglês), foi encomendado pelo ACE e pelo Conselho Nacional de Diretores de Museus, para fornecer uma estimativa da contribuição direta e indireta das artes e da cultura na economia. Publicado antes da revisão de gastos do governo, prevista para o próximo mês, a análise do CEBR utiliza uma metodologia reconhecida por economistas e aplicada regularmente pelo Instituto Nacional de Estatística do Reino Unido.
O relatório afirma ainda que a educação artística, ao melhorar as habilidades sociais e comunicativas, amplia as oportunidades de trabalho para jovens que ficam na escola para além dos 16 anos.
Fonte: http://www.artsprofessional.co.uk, em tradução livre do Observatório da Cultura
"Não se pode conceber a possibilidade de administrar um país sem dados estatísticos, pois que, sem eles, tudo é feito arbitrariamente, sem fundamento, sem critério e com grave prejuízo para o povo, que é a vítima dos atos levianos dos que governam sem doutrina e dos que administram por vagas inspirações, sem dados positivos em relação aos diversos ramos do serviço público" [Júlio de Castilhos, 1889]
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