Durante os anos de 2011 e 2012, realizou-se pesquisa
dirigida à identificação da acessibilidade nos espaços, programas, atividades e
serviços das instituições culturais públicas municipais de Porto Alegre.
Foram organizados e testados, previamente, dois
instrumentos para o recolhimento de dados: um questionário direcionado aos
gestores das instituições, com questões referentes à participação pública
(acesso/entendimento/uso) nos espaços, e também sobre programas, atividades e
serviços oferecidos; e um roteiro para guiar a avaliação técnica das
características físicas das edificações e do entorno imediato.
Rebaixamento de 136 pontos em calçadas iniciou esta semana em Porto Alegre |
Algumas conclusões:
· O
resultado desse trabalho confirma o desconhecimento do significado do termo
‘acessibilidade’ pela maioria, mesmo quando esse tema é discutido, como no
caso, com profissionais qualificados, reconhecidos e com larga experiência nas
suas respectivas áreas de atuação.
· O entendimento que acessibilidade resume-se à questão física do prédio e a existência de uma rampa ou de um elevador conduz à afirmação, na quase totalidade das vezes, de que toda a instituição é acessível.
· Os entrevistados não citaram a necessidade das atividades desenvolvidas – uma peça de teatro, por exemplo – serem pensadas para todos; não foram lembrados o Braile, a Libras ou a audiodescrição, só para ficar em alguns exemplos.
· Na maioria dos casos, o que se constata não é uma disposição desfavorável, e sim puro desconhecimento. Algumas respostas recebidas comprovam esse fato:
· O entendimento que acessibilidade resume-se à questão física do prédio e a existência de uma rampa ou de um elevador conduz à afirmação, na quase totalidade das vezes, de que toda a instituição é acessível.
· Os entrevistados não citaram a necessidade das atividades desenvolvidas – uma peça de teatro, por exemplo – serem pensadas para todos; não foram lembrados o Braile, a Libras ou a audiodescrição, só para ficar em alguns exemplos.
· Na maioria dos casos, o que se constata não é uma disposição desfavorável, e sim puro desconhecimento. Algumas respostas recebidas comprovam esse fato:
– Pensava que essas exigências eram apenas para
ônibus e para calçadas. Nunca imaginei que um espaço cultural precisasse
atendê-las.
– O arquiteto evitou desfigurar a fachada principal
do prédio e colocou a rampa na entrada lateral, vinda do estacionamento.
Afinal, todo cadeirante chega aqui de automóvel...
– Aqui, tratamos de Cultura! Nosso foco não é o
atendimento a pessoas com deficiência.
· Assim,
observa-se a necessidade de ampliar a divulgação dos conceitos da
acessibilidade, dos direitos das pessoas com deficiência e da necessidade dos
projetos terem como foco a diversidade humana.
· No que diz respeito à acessibilidade física nas edificações, é possível afirmar que, mesmo nos casos onde há elevador ou rampa, as demais exigências – como o piso podotátil, por exemplo – não são contempladas.
· No que diz respeito à acessibilidade física nas edificações, é possível afirmar que, mesmo nos casos onde há elevador ou rampa, as demais exigências – como o piso podotátil, por exemplo – não são contempladas.
Considerando que as instituições culturais,
especialmente as públicas, têm o compromisso de abrir seus espaços, acervos e
atividades a todos, faz-se necessário que sejam adequadas as sedes dessas
instituições municipais de acordo com a legislação vigente (especialmente a NBR
9050) e que sejam desenvolvidos programas e projetos para possibilitar o acesso
indiscriminado da população ao patrimônio cultural de Porto Alegre.
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