Na quinta-feira, 26, a Fundação Iberê Camargo sediou um workshop intitulado Cultura e Investimento: Panorama e Perspectivas. Promovido pela RG Cultura, o encontro teve como palestrantes os ex-dirigentes do MinC Vítor Ortiz (também colega da SMC), Henilton Menezes (foto) e Luiz Fernando Zugliani; e a ex-Diretora de Economia da Cultura da SEDAC-RS, Denise Viana.
Denise apresentou um comparativo entre as principais leis de incentivo fiscal estaduais (MG, SP, RS, BA e RJ). Zugliani apresentou um panorama sobre o potencial de crescimento das Organizações Sociais (OS e OSCIP) na gestão de serviços públicos de cultura, a partir do novo marco regulatório nacional, aprovado em 2014 mas ainda não regulamentado. Há uma tendência de aumento no uso deste modelo que, embora desperte insegurança devido à sua novidade no país, vem se consolidando a partir de experiências bem sucedidas, sobretudo nos estados de Minas e São Paulo. No Rio Grande do Sul, embora já exista lei estadual e mais de duas centenas de OS/OSCIP habilitadas, nenhum serviço público foi ainda concedido nesses moldes.
Henilton apresentou um levantamento sobre o potencial de crescimento na captação de recursos por doações de pessoas físicas, cujo montante até hoje é ínfimo, quando comparado aos valores arrecadados de empresas, via Lei Rouanet, embora o número de doadores venha crescendo, sobretudo em alguns estados, graças a iniciativas pontuais bem-sucedidas, como é o caso da campanha desenvolvida pelo Setor de Patrimônio Histórico da UFRGS. Ele apresentou, como exemplo, o caso da Unimed Belo Horizonte, que estimula seus cooperados a contribuir - mediante um sistema desenvolvido especialmente para este fim, e gerido por um banco - para iniciativas culturais previamente selecionadas, que recebem o selo da empresa.
Conteúdo das apresentações disponível em http://www.redegestorescultura.com.br/apresentacoes.htm.
Poa em Análise, em sua terceira edição, lotou o auditório da FEE. |
Na ocasião foi lançado em livro o Atlas de Desenvolvimento Humano nas Regiões Metropolitanas, publicação do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Fundação João Pinheiro (MG) e Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), que permite visualizar de forma sintética a evolução dos índices de desenvolvimento humano no país, ao longo da primeira década do século. A versão do Atlas para Internet permite navegar pelos dados de forma bastante versátil, com grande detalhamento, conforme o desejo do interessado, comparando municípios ou regiões, cruzando dados, etc. Vale a visita.
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