A China está tentando aumentar a participação do setor cultural na sua economia, como indica a ênfase no desenvolvimento cultural atribuída por seus líderes em um importante encontro, este mês. A meta é que os bens e serviços culturais respondam por 5% do PIB chinês (PIB) em 2016, declarou o Ministro da cultura Cai Wu, acrescentando que a indústria de cultura deve ser "um pilar da economia nacional". A percentagem em 2010 foi 2,78%.
Na semana passada, o XVII Comitê Central do Partido Comunista da China (PCC), em sua sexta reunião plenária, aprovou resolução para incrementar a reforma do setor cultural e o desenvolvimento cultural. A diretriz promete reforçar o apoio às indústrias culturais e aumentar seu peso no conjunto da economia nacional.
Tanto o governo central como os locais já tem traçadas suas metas de desenvolvimento cultural para os próximos anos. A província do extremo meridional da ilha de Hainan pretende aumentar o valor agregado de sua indústria cultural para mais de 8% do PIB em 2020, enquanto a província de Jilin, no nordeste, espera que esta taxa chegue a 6% até ao final de 2015.
Cai observa que para impulsionar o desenvolvimento cultural é preciso aumentar os investimentos. A indústria cultural ganhará mais apoio em termos de empréstimos bancários, gastos públicos, isenções tributárias e facilidades fundiárias, disse ele.
Os bancos começaram a colocar em prática mecanismos de apoio nos últimos dois anos. Estatísticas do Banco de Desenvolvimento da China mostram que, em setembro, foram concedidos empréstimos de cerca de US$ 23,62 bilhões para projetos relacionados com a arte, o turismo, os esportes, o audiovisual e a indústria editorial. O Banco de Xangai aprovou empréstimos de mais de US$ 9 milhões para quatro projetos culturais, incluindo a versão chinesa do clássico musical "Mamma Mia!" Ele também está negociando outras operações com empresas culturais como o Grupo de Mídia de Xangai.
"É difícil para as empresas de cultura expandir negócios com capital próprio. Eles precisam de empréstimos bancários", disse Huang Gaojian, presidente de uma empresa de produção de animação da província de Fujian, no sudoeste chinês. A empresa produziu recentemente uma série de animação para TV com US$ 2 milhões em empréstimos do Banco Industrial e Comercial da China.
Além de um maior fluxo de capital, o aumento dos gastos públicos é altamente necessário para o desenvolvimento da indústria cultural, disse Cai. Em 2010, os governos em todos os níveis investiram mais de US$ 33 bilhões em desenvolvimento cultural, o dobro do que foi gasto em 2006. Os governos de Pequim, Jilin e Hainan constituíram fundos específicos para projetos de cultura, aumentando os investimentos a cada ano. Além disso, empresas culturais tem recebido empréstimos e subsídios, usufruido de facilidades para o uso do solo e inclusão no mercado de ações.
Como resultado do apoio financeiro e político, a indústria cultural na China tem crescido a um ritmo ainda mais rápido do que o crescimento do PIB. Em 2010, a produção total das indústrias culturais na China atingiu US$ 247 bilhões e, em algumas cidades e províncias, a participação no PIB ultrapassou 5%. Em algumas regiões, a indústria cultural tornou-se um esteio da economia local, afirmou Cai. Para incentivar a indústria cultural em escala nacional, o governo vai aumentar os investimentos e facilitar ainda mais financiamentos, disse ele.
Extraído de http://www.china.org.cn - Traduzido por Álvaro Santi
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