Painel de encerramento reuniu todos os festivais presentes |
1. O Professor Élder Patrick Maia Alves, da Universidade Federal de Alagoas, fez uma exposição sobre os efeitos da digitalização nos mercados culturais globalizados, exibindo alguns dados sobre espaços culturais, públicos, renda e emprego nas artes cênicas. Élder é autor (entre outras obras), de O capitalismo cultural-digital: investimento cultural público versus incentivos fiscais, publicado pelo Observatório Itaú Cultural. Ele anunciou para breve uma pesquisa de mapeamento do setor, a ser realizada mediante convênio entre o MinC e a UFAL.
2. O Professor Marcelo Milan, Coordenador de Extensão do Núcleo de Estudos em Economia Criativa e da Cultura (Neccult) da UFRGS, apresentou algumas pesquisas em curso nessa instituição, com destaque para um diagnóstico da cadeia produtiva das artes cênicas, e que utilizará os dados recolhidos até agora pela Rede de Festivais, com o objetivo de propor diretrizes para políticas futuras, com foco no desenvolvimento dos territórios, fomento e promoção da cena local, parcerias e impactos econômicos.
3. O produtor e gestor cultural Paulo Feitosa fez um relato sobre a Cartografia dos Festivais do Ceará, que catalogou 26 festivais de artes cênicas e música, os quais envolvem mais de 200 grupos participantes, atingindo 400 mil espectadores a um custo estimado de R$ 7 milhões. Em muitas cidades, o festival é o único evento cultural significativo. No momento, foi finalizada a coleta dos dados, que após análise irá gerar um documento síntese.
4. A Professora Ana Flávia Machado, do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da Faculdade de Ciências Econômicas, apresentou a metodologia da pesquisa "Análise de rede (relações e fluxos) e pesquisa de público nos festivais", com foco na rede de relações que se estabelece entre artistas, grupos e espaços culturais na capital mineira, exibida num diagrama chamado "rede sociométrica".
Na sexta-feira, quarto e último dia, o evento teve seu encerramento com uma painel que reuniu todos os representantes de 14 festivais brasileiros presentes (além do RS, estavam representados os estados do PI, PR, BA, MG, MT, PE, SP, RJ, CE e o DF) lotando o palco do Auditório da Fundação Iberê Camargo para debater questões de conjuntura, trocas de saberes e perspectivas para o futuro.
Leia as postagens anteriores com o restante do nosso relato sobre o Intercena: parte 1, parte 2 e parte 3.
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