Foto: Luciano Lanes/PMPA |
O município está cedendo o espaço que vai abrigar a incubadora na Rua Marcílio Dias, no bairro Azenha, ao passo que a ESPM fará o investimento financeiro e providenciará toda a infraestrutura necessária para o desenvolvimento dos negócios.
O prefeito da Capital, José Fortunati, citou que a decisão de ceder o prédio passou por diversas consultas, incluindo o setor empresarial ligado ao comércio do bairro. “A iniciativa vai impulsionar o processo de revitalização da região”, aposta Fotunati. Na Azenha, há movimento de lojistas que busca mudar a fisionomia decadente, e são previstos desde shopping center até o empreendimento da construtora OAS a ser instalado após a demolição do estádio Olímpico.
O secretário de Indústria e Comércio, Omar Ferri Júnior, também destacou os benefícios que a nova infraestrutura trará para o bairro e para cidade. Segundo ele, a região da Azenha ganhará um espaço diferenciado, pois no local devem ser construídos auditório e espaços para exposições e mostras de arte. A previsão de investimento é de até R$ 3 milhões na primeira fase do projeto, podendo chegar a R$ 10 milhões quando a incubadora estiver operando em capacidade máxima.
O vice-presidente corporativo da ESPM nacional, Emmanuel Publio Dias, destaca que a Capital gaúcha ganhou preferência em relação a outras regiões. “É a primeira Incubadora de Empresas da Indústria Criativa do País. Será uma fábrica permanente de inovação e conhecimento aplicado”, valoriza. Estudos da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e da Fecomércio de São Paulo já haviam identificado Porto Alegre como a segunda capital brasileira, atrás da paulista, para desenvolver e gerar riqueza associada ao setor.
Já o diretor-geral da ESPM-Sul, Richard Lucht, disse que a indústria criativa gera uma riqueza sustentável e sem fronteiras, anunciando que em 2013 deverão ser lançados os primeiros editais para que qualquer empreendedor possa participar da seleção de projetos. Lucht espera que a ideia seja a semente para um polo gaúcho na área, que reúne desde setores de criação, música, cinema, moda, turismo, comunicação e tecnologia da informação (TI). “Os talentos vão embora porque se deparam com obstáculos à ampliação das atividades. A meta é inverter a lógica, para que esses criadores se desenvolvam aqui”, destaca.
O Convênio
O convênio prevê repasse do prédio por 30 anos. A instituição de ensino, sem fins lucrativos, começará agora a estudar as instalações para projetar como será a reforma, que tipo de melhorias terá e como será a configuração. O diretor-geral adianta que serão montados espaços para a atuação dos incubados – a meta é atrair até 50 interessados na largada, além de um grupo de empresas já maduras e que poderão comprar serviços das demais atividades.A ESPM-Sul pretende implantar o projeto a partir da captação de recursos de parceiros públicos e privados. Além das incubadas, a meta é dotar o local de auditório e área de convivência para a comunidade. Caso atraia o número esperado de incubadas na fase inicial e empreendimentos já formados, a previsão é de geração de 700 empregos diretos. A expectativa é de que as obras comecem em 2014, após a liberação completa da área e dos projetos para a reforma.
Ranking
Em termos de criatividade, Porto Alegre é a segunda entre as 50 maiores cidades do Brasil, e a prefeitura quer aumentar o peso dos setores considerados criativos na geração de riquezas. Um índice pouco abordado em pesquisas coloca a capital gaúcha numa posição de destaque quando o assunto é gerar riqueza a partir de novas idéias. Estudo realizado pela Fecomércio de São Paulo cruzou informações como o número de empregados nos setores considerados criativos; também foi avaliado o peso do que é produzido por esse segmento no PIB e as condições de saúde e segurança dos trabalhadores. O resultado foi um índice de criatividade de 98,2 por cento, menor apenas que o da capital paulista, que ficou em 100.As empresas que mais se destacam são das áreas de software e computação, mercado editorial, televisão, rádio e publicidade. Também têm espaço importante na “economia criativa” arquitetura, artes, moda e design. Somando o desempenho de todos esses segmentos, chegamos ao valor de R$ 4,53 bilhões. Esse número coloca o Rio Grande do Sul fique em quarto lugar entre os estados com maior peso do setor criativo no PIB, com 1,9% das riquezas geradas. É o que aponta outra pesquisa, feita pela Firjan, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro.
Com informações da Prefeitura de Porto Alegre e Jornal do Comércio
http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=98366
http://www2.portoalegre.rs.gov.br/portal_pmpa_novo/default.php?p_noticia=151117
http://www2.portoalegre.rs.gov.br/portal_pmpa_novo/default.php?p_noticia=153393
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