O grupo das 50 atividades que irão compor a Conta Satélite da Cultura foi definido no início do mês, em reunião entre o diretor de Desenvolvimento e Monitoramento da Secretaria da Economia Criativa (SEC) do Ministério da Cultura, Luiz Antônio de Oliveira, e o coordenador de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Roberto Olinto.
A conta será instituída até o final de 2014 e vai sistematizar informações sobre atividades econômicas relacionadas aos bens e serviços culturais, com dados sobre geração de emprego, investimentos e consumo. O objetivo é identificar e mensurar a contribuição da Cultura para a formação do Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB).
Segundo o Luiz Antonio, a maior parte das atividades listadas faz parte do setor de serviços – museus e bibliotecas, artes cênicas, serviços de arquitetura, serviços fotográficos, produção audiovisual, entre outros – e representa um “avanço” em relação a países que já instituíram contas similares, como Espanha, Chile e Colômbia.
“Já iniciamos a construção da conta brasileira a partir de uma classificação mais recente de atividades econômicas em nível mundial”, explica, citando como exemplo o design de jóias, as novas mídias eletrônicas e outras atividades desenvolvidas na internet. “Significa que a conta brasileira, quando lançada, estará fundamentada em bases mais modernas, incluindo as novas tecnologias e as atividades culturais inovadoras.”
De acordo com o diretor da SEC, o próximo passo é levantar as informações de cada segmento. “Um censo”, define. Para isso, as atividades culturais listadas na reunião com o IBGE serão avaliadas por todas as secretarias do Ministério da Cultura (MinC) e pelas entidades autárquicas vinculadas a partir das suas bases de dados.
A disponibilização parcial das informações, os “estudos intermediários” conforme explica Luiz Antonio, começará no final do primeiro semestre de 2013, antes da consolidação da Conta Satélite da Cultura. “Pode ser uma publicação mostrando o perfil do consumo cultural das famílias brasileiras ou um estudo sobre as fontes de financiamento da cultura no país”, exemplifica.
Todas essas publicações serão disponibilizadas no Observatório Brasileiro da Economia Criativa (OBEC). “E tão importante quanto divulgar os estudos, é o fato de que vamos disponibilizar nossas bases de dados para que qualquer pessoa interessada e qualquer acadêmico possa fazer os estudos que desejar”, destaca o diretor.
Texto: Marcelo Leal Ascom/SEC (com alterações)
Fonte: Secretaria da Economia Criativa / MinC
Divulgação: Diretoria de Economia da Cultura / Sedac
"Não se pode conceber a possibilidade de administrar um país sem dados estatísticos, pois que, sem eles, tudo é feito arbitrariamente, sem fundamento, sem critério e com grave prejuízo para o povo, que é a vítima dos atos levianos dos que governam sem doutrina e dos que administram por vagas inspirações, sem dados positivos em relação aos diversos ramos do serviço público" [Júlio de Castilhos, 1889]
Avança a construção da Conta Satélite da Cultura
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